• Entenda a importância das diferentes dietas hospitalares.

A nutrição exerce função relevante para o restabelecimento da saúde de pacientes hospitalizados, sendo então necessária a adequação dos diferentes tipos de dietas hospitalares às especificidades de cada paciente1, uma vez que a ingestão alimentar inadequada parece ser mais prevalente nos desnutridos2.

A redução da ingestão alimentar é frequentemente relatada entre os pacientes hospitalizados, o que pode estar relacionado à condição patológica, à falta de apetite (principalmente para os desnutridos), à quantidade e à qualidade da refeição, temperatura e horário de servir e à insatisfação com as preparações oferecidas2.

 

A “fama” da comida de hospital

Há algumas décadas, as refeições servidas nas unidades hospitalares eram consideradas desagradáveis por apresentarem pouca atração visual, visto que sua produção era realizada por irmãs de caridade e leigos no assunto, que no intuito de promover a recuperação da saúde, excluíam vários alimentos que afetavam as características sensoriais e nutricionais das preparações3.

Entretanto, ao longo do tempo, modificações no âmbito da alimentação hospitalar foram ocorrendo com intuito de valorizar práticas que aproximem os pacientes a uma alimentação com maior relação afetiva, promovendo conforto e qualidade1.

Apesar dessa evolução na comida hospitalar, ainda assim, há a necessidade de fazer adaptações dietéticas a depender do estado de saúde do paciente e essas alterações podem alterar a consistência e composição de nutrientes, podendo comprometer o sabor, aroma, textura e temperatura dos alimentos3.

 

Os tipos de dietas hospitalares

O planejamento dietético pode ser elaborado de diversas formas, sendo que a dieta geral (ou normal) é comumente utilizada para pacientes que não necessitam de nenhuma restrição ou limitação1.

As dietas terapêuticas podem ser definidas como modificações quantitativas e qualitativas da dieta normal e podem ser apresentadas de acordo com as seguintes formas1:

Além disso, para que o planejamento dietético seja feito de forma correta deve-se avaliar também a via de administração mais adequada ao paciente, podendo ser por via oral, enteral ou parenteral1.

Independentemente da condição do paciente, sabemos que a alimentação é importante para a recuperação da sua saúde, além de se destacar como um elemento de conforto e qualidade3, principalmente para o paciente hospitalizado. Dessa forma, a dietoterapia, quando aliada ao fornecimento de refeições que geram sensação de prazer ao se alimentar, contribui para o tratamento mas também é uma forma do paciente se sentir acolhido, tendo assim maior interesse pela alimentação e favorecendo a aceitação da dieta1.

 

 

 

 

 

Referências:

  1. da Costa Fischer, C., de Oliveira Flor, K., Zago, L., & Miyahira, R. F. (2021). Estratégias gastronômicas para melhorar a aceitabilidade de dietas hospitalares: Uma breve revisão. Research, Society and Development, 10(5), e42510515138-e42510515138.
  2. Ferreira, D., Guimarães, T. G., & Marcadenti, A. (2013). Aceitação de dietas hospitalares e estado nutricional entre pacientes com câncer. Einstein (São Paulo), 11(1), 41-46.
  3. Souza Santos, V., Faria Gontijo, M. C., & Ferreira de Almeida, M. E. (2017). Efeito da gastronomia na aceitabilidade de dietas hospitalares. Nutrición clínica y dietética hospitalaria, 34(2):17-22.
  4. Anastácio. N (Org). Manual de Dietas Hospitalares. Prefeitura de São Paulo. Secretaria Municipal de Saúde. HOSPITAL MUNICIPAL E MATERNIDADE ESCOLA
  5. DR. MÁRIO DE MORAES ALTENFELDER SILVA. Vila Nova Cachoeirinha, 2012. Disponível em: <https://docs.bvsalud.org/biblioref/sms-sp/2012/sms-7239/sms-7239-3450.pdf>. Acesso em: 17 de abr de 2022.

 

 

Publicado em 08 de Fevereiro de 2023

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